quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

À conversa com Lília Mata



No dia catorze de Dezembro, pelas dez horas, estivemos na Biblioteca, acompanhados das nossas docentes de Língua Portuguesa, professoras Lucilina Freitas e Dina Moniz. Estavam também presentes a equipa da Biblioteca e a professora São Constantino. Tivemos o privilegio de conversar com a jornalista e também escritora, Lilia Mata. A conversa iniciou-se com a apresentação dos seus dois livros de contos, As Histórias de Bertoldinho e Contos de Embarcar. Alguns dos nossos colegas já conheciam ambos os livros, o que ajudou a esclarecer da temática dos mesmos. A escritora falou acerca da razão que a levou a escrever, o que nós achamos, deveras, muito interessante, até pelo facto de só ter começado a ler, quando foi para o Funchal estudar, já com cerca de onze/doze anos, visto haver escassez de livros na altura. Falou ainda, de como os seus livros contam como era ela, quando tinha a nossa idade. O gosto pela leitura foi a tónica dominante na conversa.
No final, alguns colegas colocaram algumas questões biográficas à jornalista e agradeceram a sua presença.
Todos os participantes são da opinião que esta foi uma hora muito bem passada, que nos deu a conhecer outras vivências e também nos proporcionou a oportunidade de falarmos e colocarmos questões a uma escritora da nossa terra.

As Turmas: 6º3 e 6º8

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

NATAL DA MINHA INFÂNCIA



Como eram diferentes e maravilhosos aqueles NATAIS de outrora !! Nunca esqueci aquelas vivências, aquela azáfama de pintar o papel pardo com vioxene que se transformava num monte rochoso, com escarpas luminosas...e a gruta, a manjedoura, mais abaixo, porque tinha de ficar sob a rocha mas devia ver-se de cá de fora...aquilo demorava horas! Todavia, toda aquela magia, não cansava nunca! Era um reviver fantástico, o Nascimento do MENINO JESUS! Lembro-me até de conversar com os pastores! Afinal, eles iam visitar o MENINO!
A minha mãe entoava melodias de Natal, quadras soltas que aprendera com os meus avós e que guardo, na memória, com ternura e que também canto para os meus filhos, quando enfeitamos a nossa árvore de NATAL...
Nunca mais tive um avental novo, com uma grande algibeira para as castanhas secas, a laranja e a tangerina, que partilhava com os vizinhos da minha idade...Nunca mais tive o “brindeiro “que tão quentinho saía do forno! E o sapatinho, não é a mesma coisa. Como acreditava naquilo! Ficava tão feliz! O Pai Natal não me tinha esquecido! Eu tinha me portado bem! Também eu fazia parte da enorme lista de meninos bons do Pai Natal!
Tinha umas tias solteironas e muito amigas que, durante muito tempo, me fizeram acreditar que os pastores, os Reis MAGOS, as lavadeiras...tinham vida...iam e vinham todos os anos...E eu nunca os via chegar nem partir...A história repetia-se todos os anos."...estavas a dormir quando chegaram...ou... não estavas em casa, quando se foram embora, hás-de VÊ-LAS partir. "Coisa que nunca aconteceu, obviamente! TENHO SAUDADES DISTO! TENHO SAUDADES DE ACREDITAR NAQUILO! FAZIA-ME BEM! ÉRAMOS CRIANÇAS FELIZES COM TÃO POUCO!

BOM NATAL!
QUE A MAGIA DO NATAL PERDURE NO TEMPO, POR MAIS DIFÍCEIS QUE SEJAM OS NOSSOS TEMPOS!
A Delegada:
São Constantino