sábado, 8 de junho de 2013

Escola Básica dos 2º e 3º ciclos do Caniço festeja Mês da Família

Para assinalar o mês da Família, a Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Caniço, realizou, ontem, pelas 17 horas, na cantina, uma actividade denominada 'Convívio Festa da Família'.
Este convívio familiar entre a comunidade educativa (Conselho Executivo, pessoal docente e não docente), representantes dos encarregados de educação e Associação de Pais contou também com a presença da Associação Presença Feminina e ainda do director da, recém-criada, revista da cidade do Caniço, a 'Revista ESCOL'@r'.
No turno lectivo, duas turmas de 8º ano assistiram à palestra sobre 'A defesa dos direitos e a promoção e dignificação da Mulher', principal missão da Associação Presença Feminina. Ambos os momentos foram pautados por alguns testemunhos proferidos na 1ª pessoa e pelas intervenções de dois docentes da escola, nomeadamente, Paulo Alves e Maria José Mendes que abordaram os valores da família na sociedade atual.
Esta actividade da responsabilidade do Departamento de Línguas em parceria com a Equipa Coordenadora da Biblioteca contou também com a colaboração dos coordenadores e docentes dos restantes departamentos que conjuntamente se empenham, diariamente, na promoção dos laços de convivialidade.
Para além de um lanche convívio foi possível angariar vários produtos alimentares e compor um grande cabaz solidário que reverterá em favor de algumas famílias carenciadas e já referenciadas pela escola.
in dnoticias.pt

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Dia da Família celebrado pelo 5º5 e 5º6

Os alunos da professora Idalina celebraram o Dia Mundial da Família, convidando alguns dos familiares a irem à escola. Numa aula de Português, os convidados puderam participar, falando acerca das suas profissões, das suas experiências profissionais. Depois, estes também assistir à apresentação de alguns trabalhos do Plano Regional de Leitura elaborados pelos alunos.
Um dia diferente; um momento para recordar; uma experiência a repetir.

Dia do Autor Português e o Clube LEGO



O Clube LEGO desenvolveu uma actividade de pátio, no passado dia 22 de maio. Esta atividade teve como principal objetivo promover o Dia do Autor Português e dar a conhecer, junto dos alunos, alguns dos escritores portugueses.
A atividade consistiu na aplicação de um jogo: no placard estavam pequenos cartões, uns com títulos das obras e outros com os nomes dos escritores. Os alunos teriam que associar o título da obra com o seu autor. No final foram distribuídos alguns livros de autores portugueses. O placard esteve ao dispor dos alunos o dia inteiro, para que todos tivessem a possibilidade de participar.


terça-feira, 5 de março de 2013

Dia Internacional da Língua Materna:


O Clube LEGO desenvolveu uma actividade de pátio, no passado dia 21 de fevereiro. Esta atividade teve como principal objetivo promover o Dia Internacional da Língua Materna e divulgar, junto dos alunos, as diferentes culturas e nacionalidades que existem dentro da nossa escola.

A atividade consistiu na elaboração de pequenos cartazes informativos, contendo as informações mais relevantes de países dos quais fazem ou fizeram parte alguns dos nossos alunos. O placard esteve ao dispor dos alunos o dia inteiro, para que todos tivessem a possibilidade de conhecer novas culturas.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

As aventuras de João Sem Medo


 Os alunos do 9º 5 e do 9º6 foram ao Funchal, ao Teatro Municipal Baltazar Dias, no dia 1 de fevereiro, para assistir à dramatização da peça de teatro intitulada As aventuras de João Sem Medo. Esta actividade tem como objectivo desenvolver nos alunos o gosto pelo teatro.

Neste 2º período, é matéria de estudo o texto dramático e o teatro vicentino, e, por este motivo, pareceu-me oportuno que os alunos contatassem, de uma forma mais direta com o teatro, ainda porque o projecto das turmas para o Plano Regional de Leitura é a dramatização da obra Os Herdeiros da Lua de Joana.


Os discentes reagiram de maneira muito positiva a esta iniciativa e ficaram mais elucidados acerca da atuação de um ator em palco.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Tipos e Processos de Cómico


De situação:
é o que a personagem faz e as circunstâncias da sua actuação   que   provocam    o     riso.

De personagem ou de carácter:
é a maneira de ser e de se apresentar  da   personagem que   provoca    o   riso.

De linguagem:
é o vocabulário usado e o próprio discurso que provocam o riso.
Gil Vicente oferece-nos registos ou níveis de língua adequados    às   personagens     em    cena.
 
Exemplos:

Nível  cuidado –    com o Fidalgo ou o Frade.
 
vel corrente,familiar ou mesmo popularcomaAlcoviteira.
 
Calão –    com o Parvo.
Gil Vicente usa imensos recursos estilísticos tendentes ao cómicode linguagem:

O Eufemismoconsiste em transmitir, de forma atenuada,uma ideia ou realidade que é desagradável.
Exemplos:
“ Vai pêra ilha              perdida…”     = Inferno
Veremos esta barca de tristura…= BarcaInfernal
“ Chegando ao nosso cais…” = Inferno

A Ironia -quando as palavras significam o contrário do que no íntimo  pensamos, ou estão  em  desacordo  com  a  realidade.
Exemplos:
 “ Ó poderoso  dom  Anrique ,/  cá vindes  vós?”
“Embarcai a vossa doçura/ que cá nosentenderemos.”
“E ela, por não te ver, despenhar-se-á  dum  cabeço.”
 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O Auto da Barca do Inferno é uma complexa alegoria dramática de Gil Vicente, representada pela primeira vez em 1517. É a primeira parte da chamada trilogia das Barcas (sendo que a segunda e a terceira são respectivamente o Auto da Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória).
Os especialistas classificam-na como moralidade, mesmo que muitas vezes se aproxime da farsa. Ela proporciona uma amostra do que era a sociedade lisboeta das décadas iniciais do século XVI, embora alguns dos assuntos que cobre sejam pertinentes na atualidade.
Diz-se "Barca do Inferno", porque quase todos os candidatos às duas barcas em cena – a do Inferno, com o seu Diabo, e a da Glória, com o Anjo – seguem na primeira. De facto, contudo, ela é muito mais o auto do julgamento das almas.
Estrutura
O Auto tem uma estrutura definida, não estando dividido em actos ou cenas, por isso para facilitar a sua leitura divide-se o auto em cenas à maneira clássica, de cada vez que entra uma nova personagem. A estrutura é vista pelo percurso cénico de cada personagem, que demonstra as suas acções enquanto "julgado".

Resumo

Embora o Auto da Barca do Inferno não integre todos os componentes do processo dramático, Gil Vicente consegue tornar o Auto numa peça teatral, dar unidade de acção através de um unico espaço e de duas personagens fixas "diabo e anjo".
A peça inicia-se num porto imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu Companheiro, e a Barca da Glória, tendo como tripulação um Anjo na proa.
Apresentam-se a julgamento as seguintes personagens:

Gil Vicente - Biografia

Gil Vicente teve diversas farsas e comédias proibidas pela Inquisição portuguesa
Pouco se sabe sobre a vida de Gil Vicente, autor de Auto da Barca do Inferno. Ele teria nascido por volta de 1465, em Guimarães ou em outro lugar na região da Beira. Casado duas vezes, teve cinco filhos, incluindo Paula e Luís Vicente, que organizou a primeira compilação das suas obras.

No início do século 16, há referência a um Gil Vicente na corte, participando dos torneios poéticos. Em documentos da época, aparece outro Gil Vicente, ourives, a quem é atribuída a Custódia de Belém (1506), recipiente para exposição de hóstias feita com mais de 500 peças de ouro. Há ainda mais um Gil Vicente que foi "mestre da balança" da Casa da Moeda. Alguns autores defendem, sem provas, que os três seriam a mesma pessoa, embora a identificação do dramaturgo com o ourives seja mais viável, dada a abundância de termos técnicos de ourivesaria nos seus autos.

Ao longo de mais de três décadas, Gil Vicente foi um dos principais animadores dos serões da corte, escrevendo, encenando e até representando mais de quarenta autos. O primeiro deles, o "Monólogo do Vaqueiro" (ou "Auto da Visitação"), data de 1502 e foi escrito e representado pelo próprio Gil Vicente na câmara da rainha, para comemorar o nascimento do príncipe dom João, futuro rei dom João 3o. O último, "Floresta de Enganos", foi escrito em 1536, ano que se presume seja o da sua morte.

O "Auto da Sibila Cassandra", escrito em 1513, introduz os deuses pagãos na trama e por isso é considerado por alguns como o marco inicial do Renascimento em Portugal.

Alguns dos autos foram impressos sob a forma de folhetos e a primeira edição do conjunto das obras foi feita em 1562, organizada por Luís Vicente. Dessa primeira compilação não constam três dos autos escritos por Gil Vicente, provavelmente por terem sido proibidos pela Inquisição. Aliás, o índice dos livros proibidos, de 1551, incluía sete obras do autor.

Gil Vicente foi considerado um autor de transição entre a Idade Média e o Renascimento. A estrutura das suas peças e muitos dos temas tratados foram desenvolvidos a partir do teatro medieval, defendendo, por exemplo, valores religiosos. No entanto, alguns apontam já para uma concepção humanista, assumindo posições críticas.

Em 1531, em carta ao rei, Gil Vicente defendeu os cristãos-novos, a quem tinha sido atribuída a responsabilidade pelo terremoto de Santarém. Também no "Auto da Índia" apresentou uma visão antiépica da expansão ultramarina.

Gil Vicente classificou suas peças dividindo-as em três grupos: obras de devoção, farsas e comédias. Seu filho, Luís Vicente acrescentou um quarto gênero, a tragicomédia.

Estudiosos recentes preferem considerar os seguintes tipos: autos de moralidade, autos cavaleirescos e pastoris, farsas, e alegorias de temas profanos. No entanto, é preciso lembrar que, por vezes, na mesma peça encontramos elementos característicos de vários desses gêneros.

Gil Vicente vai muito além daquilo que, antes dele, se fazia em Portugal. Revela um gênio dramático capaz de encontrar soluções técnicas à medida das necessidades. Nesse sentido, ele pode ser encarado como o verdadeiro criador do teatro nacional.

Por outro lado, a dimensão e a riqueza da sua obra constituem um retrato vivo da sociedade portuguesa, nas primeiras décadas do século 16, onde estão presentes todas as classes sociais, com os seus traços específicos, seus vícios e suas preocupações. Também no aspecto lingüístico o valor documental da sua obra é inestimável e constitui uma grande fonte de informação sobre o início do século 16 em Portugal.