terça-feira, 7 de dezembro de 2010

NATAL DA MINHA INFÂNCIA



Como eram diferentes e maravilhosos aqueles NATAIS de outrora !! Nunca esqueci aquelas vivências, aquela azáfama de pintar o papel pardo com vioxene que se transformava num monte rochoso, com escarpas luminosas...e a gruta, a manjedoura, mais abaixo, porque tinha de ficar sob a rocha mas devia ver-se de cá de fora...aquilo demorava horas! Todavia, toda aquela magia, não cansava nunca! Era um reviver fantástico, o Nascimento do MENINO JESUS! Lembro-me até de conversar com os pastores! Afinal, eles iam visitar o MENINO!
A minha mãe entoava melodias de Natal, quadras soltas que aprendera com os meus avós e que guardo, na memória, com ternura e que também canto para os meus filhos, quando enfeitamos a nossa árvore de NATAL...
Nunca mais tive um avental novo, com uma grande algibeira para as castanhas secas, a laranja e a tangerina, que partilhava com os vizinhos da minha idade...Nunca mais tive o “brindeiro “que tão quentinho saía do forno! E o sapatinho, não é a mesma coisa. Como acreditava naquilo! Ficava tão feliz! O Pai Natal não me tinha esquecido! Eu tinha me portado bem! Também eu fazia parte da enorme lista de meninos bons do Pai Natal!
Tinha umas tias solteironas e muito amigas que, durante muito tempo, me fizeram acreditar que os pastores, os Reis MAGOS, as lavadeiras...tinham vida...iam e vinham todos os anos...E eu nunca os via chegar nem partir...A história repetia-se todos os anos."...estavas a dormir quando chegaram...ou... não estavas em casa, quando se foram embora, hás-de VÊ-LAS partir. "Coisa que nunca aconteceu, obviamente! TENHO SAUDADES DISTO! TENHO SAUDADES DE ACREDITAR NAQUILO! FAZIA-ME BEM! ÉRAMOS CRIANÇAS FELIZES COM TÃO POUCO!

BOM NATAL!
QUE A MAGIA DO NATAL PERDURE NO TEMPO, POR MAIS DIFÍCEIS QUE SEJAM OS NOSSOS TEMPOS!
A Delegada:
São Constantino

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