terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mensagem de Natal

Os professores de Língua Portuguesa desejam a todos os alunos e colegas um feliz Natal e um próspero 2012, cheio de Paz, Alegria, Força e Motivação.


NATAL

Acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
Era gente a correr pela música acima.
Uma onda uma festa. Palavras a saltar.
Eram carpas ou mãos. Um soluço uma rima.
Guitarras guitarras. Ou talvez mar.
E acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
Na tua boca. No teu rosto. No teu corpo acontecia.
No teu ritmo nos teus ritos.
No teu sono nos teus gestos. (Liturgia liturgia).
Nos teus gritos. Nos teus olhos quase aflitos.
E nos silêncios infinitos. Na tua noite e no teu dia.
No teu sol acontecia.
Era um sopro. Era um salmo. (Nostalgia nostalgia).
Todo o tempo num só tempo: andamento
de poesia. Era um susto. Ou sobressalto. E acontecia.
Na cidade lavada pela chuva. Em cada curva
acontecia. E em cada acaso. Como um pouco de água turva
na cidade agitada pelo vento.
Natal Natal (diziam). E acontecia.
Como se fosse na palavra a rosa brava
acontecia. E era Dezembro que floria.
Era um vulcão. E no teu corpo a flor e a lava.
E era na lava a rosa e a palavra.
Todo o tempo num só tempo: nascimento de poesia.

Manuel Alegre

domingo, 4 de dezembro de 2011

Palestra com Prof. Armando Correia


No dia 16 de Novembro, às 10 da manhã, tivemos uma aula de Língua Portuguesa diferente do habitual. Algumas turmas, inclusive a nossa, assistiram a uma palestra, no auditório, dada pelo professor e psicólogo Armando Correia, sobre a postura perante a aprendizagem.

O Dr. Armando falou-nos sobre a postura que devemos adotar perante a escola e para compreendermos melhor deu-nos alguns exemplos reais da sua infância. Falou-nos do esforço que as pessoas tinham que fazer para poder ir à escola, antigamente, e do gosto, dedicação e orgulho que tinham em aprender. Disse também que temos que sonhar com o nosso futuro, decidir como este vai ser, ou seja planeá-lo e por fim é indispensável lutarmos e esforçarmo-nos para concretizá-lo.

Aprendemos que para conseguir algo temos que primeiro sonhar muito, depois definir os nossos objetivos e de seguida lutarmos por eles.

A palestra serviu também para percebemos a importância da leitura na nossa vida. Os exemplos de vida referidos foram muito esclarecedores e motivadores para o desenvolvimento de actividade de leitura como o PRL. Aí compreendemos melhor a insistência da nossa professora em aliar a leitura da obra do PRL com uma actividade de investigação ou de cultura geral baseado no tema do livro escolhido.

Na assistência havia alguns alunos muito atentos e participativos e outros completamente desatentos e desinteressados. Achei desnecessárias algumas das perguntas feitas ao Dr. Armando por serem do foro pessoal (dele); acho que deveriam estar todos atentos, Não só por uma questão de respeito e boa educação mas também porque o professor falava-nos acerca da importância da leitura e do estudo, coisas tão importantes para a nossa vida.

Cláudia 8º3

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Texto Argumentativo: a anorexia


Título: Reflexo distorcido

Diz a sabedoria popular que “a gordura é formosura e a magreza é beleza”. Contudo, o povo esqueceu, de acordo com as conveniências, que “no meio está a virtude”.

Em primeiro lugar, convém esclarecer que a anorexia não é vaidade excessiva ou loucura, mas uma doença, que, como qualquer outra, não surge por culpa ou desejo da pessoa. A anorexia é uma perceção distorcida do próprio corpo: a pessoa passa a ver-se e sentir-se como “gorda” mesmo estando magra. O maior risco advém desse “equívoco” da perceção.

Nas últimas décadas temos vindo a presenciar vários casos trágicos de jovens adolescentes que têm perecido. Lembremo-nos da cantora Karen Carpinter, que fazia dupla com o seu irmão, no grupo The Carpinters e que morreu em 1983. Mais tarde, assistimos à morte de Ana Carolina Reston, de 21 anos; de duas irmãs uruguaias, Luisel e Eliana, também modelos, entre tantas outras anónimas.

A modelo francesa, Isabelle Caro, que chocou a indústria da moda ao despir o seu corpo anoréxico, durante a semana de moda em Milão, pretendeu combater a anorexia e alertar-nos para a excessiva valorização da beleza.

Posto isto, em 2007, os promotores da Semana de Moda de Madrid decidiram recusar modelos que fossem demasiado magras, submetendo as manequins a um teste de índice de Massa Corporal (IMC).

Felizmente, a anorexia tem tratamento, através de uma combinação de psicoterapia com tratamento medicamentoso.

Finais felizes como os de Lauren Bailey, da princesa Diana e de Jane Fonda dão-nos esperança. Esta última conta que “queria agradar e ser perfeita, o que na época significava ser esquelética”.

Na verdade, a anorexia nervosa é uma doença complexa, que envolve componentes psicológicas, fisiológicas e sociais, que conduzem a conflitos individuais e familiares, levando a depressões podendo culminar em morte, por inanição ou suicídio. Quando isto acontece, toda a sociedade é afetada: a família que vê a degradação física e psicológica do seu “ente” querido; a sociedade que rejeita, critica e isola.

Prevenir, certamente, não depende só de nós; é necessário que haja todo um contexto social favorecedor, que exija ações mais amplas e coletivas de consciencialização.

Assim como o peso, a balança do equilíbrio deve pender para a vida. Desta feita, a virtude está em saber viver de forma equilibrada, respeitando-nos e ao nosso corpo.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Categorias da Narrativa




1. A ACÇÃO

1.1. O RELEVO

a) ACÇÃO PRINCIPAL – directamente relacionada com a mensagem que o autor pretende transmitir.

b) ACÇÃO SECUNDÁRIA – toda a que contribui para a compreensão da acção principal.

1.2. A DELIMITAÇÃO
a) ACÇÃO FECHADA – acção solucionada até ao mais pequeno pormenor.

b) ACÇÃO ABERTA – a sorte das personagens não é revelada.

1.3 A ESTRUTURA (a acção é constituída por um número variável de sequências com princípio, meio e fim que podem aparecer articuladas de três modos diferentes).

a) ENCADEAMENTO (organização da acção por ordem cronológica).


b) ENCAIXE (uma acção é introduzida numa outra que estava a ser narrada e que depois se retoma).


c) ALTERNÂNCIA (várias histórias ou sequências vão sendo narradas alternadamente, retomando-se, sempre, a acção principal).

2. AS PERSONAGENS


2.1. O RELEVO

a) PERSONAGEM PRINCIPAL – Aquela que revela maior importância para o desenrolar da acção; é nela que está centrada a acção. Também é chamada PROTAGONISTA ou HERÓI.

b) PERSONAGEM SECUNDÁRIA – aquela que, apesar de importante, detém um papel de menor relevo na história servindo, por vezes, de apoio à progressão da personagem principal.

c) FIGURANTE – não é tão importante quanto as duas anteriores porque dela não depende o desenrolar da acção. No entanto, é indispensável à compreensão da história, uma vez que completa quadros e cenários sociais, históricos ou psicológicos, criando o ambiente necessário.

2.2. OS PROCESSOS DE CARACTERIZAÇÃO

a) CARACTERIZAÇÃO DIRECTA – feita pela própria personagem, por outras, ou pelo narrador, de forma directa, explícita, recorrendo a adjectivos muito sugestivos para definir exactamente a personagem.

b) CARACTERIZAÇÃO INDIRECTA – deduzida pelo leitor a partir de atitudes ou acções das personagens.

NOTA: qualquer um dos processos anteriores pode ser transmitido de duas formas distintas:

• AUTOCARACTERIZAÇÃO – a própria personagem refere as suas características, quer de forma directa, quer indirecta.

• HETERO – CARACTERIZAÇÃO – a caracterização da personagem é-nos facultada pelo narrador ou por outra personagem, quer de forma directa , quer de forma indirecta.


3. O NARRADOR


3.1. A PRESENÇA

a) PRESENTE (está dentro da história)

b) AUSENTE (narra a história de fora, como se estivesse a vê-la num écran).


3.2. A POSIÇÃO


a) OBJECTIVO – narra friamente os acontecimentos sem demonstrar a sua opinião.

b) SUBJECTIVO – narra os acontecimentos declarando ou sugerindo a sua opinião.


4. O ESPAÇO


4.1. O ESPAÇO FÍSICO – local ou locais onde a acção se realiza.

4.2. O ESPAÇO SOCIAL – o meio a que pertencem e onde se deslocam as personagens, o seu estatuto de vida.

4.3. O ESPAÇO PSICOLÓGICO – trata-se de um espaço imaginado pela personagem ou pelo narrador. Por oposição ao espaço físico, este é o lugar onde não se está mas se desejava estar.


5. O TEMPO


5.1. O TEMPO CRONOLÓGICO – tempo objectivo (marcado por horas, meses, anos...) em que decorre a acção.

5.2. O TEMPO HISTÓRICO – época em que podemos enquadrar a acção (por exemplo, a Idade Média).

5.3. O TEMPO PSICOLÓGICO – tal como o espaço psicológico, este é o tempo que PARECE decorrer e não aquele que, de facto, decorre.


6. OS MODOS DE EXPRESSÃO


6.1. A NARRAÇÃO – conta-se uma história apresentando a acção e a progressão das personagens ao longo do texto.

6.2. A DESCRIÇÃO – interrompe a narração e revela pormenores do espaço, do tempo ou das personagens.

6.3. O MONÓLOGO – fala da personagem que discursa sozinha, em voz alta, durante partes ou na totalidade do texto.

6.4. O DIÁLOGO – fala entre duas ou mais personagens.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Modificador da Frase

  • Definição: é uma função sintática que ocorre ao nível da frase, modificando e enriquecendo o seu sentido. O modificador é móvel e não é exigido pelo verbo da frase, pelo que pode ser retirado, sem que esta se torne agramatical. Transmite a opinião do locutor, os seus juízos de valor, a sua opinião, o que é do seu agrado, do seu desagrado.

    Representação do Modificador: O modificador de frase pode ser desempenhado por:

    ● Um grupo adverbial.

    Ex.: Infelizmente, não posso ir ao cinema.

    ● Um grupo preposicional.

    Ex.: Com certeza, vais conseguir emprego.

    ● Uma oração.

    Ex.: Como é óbvio, ele fez asneira.

    Valores do modificador da frase: o modificador da frase pode transmitir vários valores, tais como:

    ● transmitir a opinião do locutor em relação ao que diz.

    Ex.: Certamente, ele chegou tarde.

    referir-se a uma área do saber.

    Ex.: Matematicamente, estás certo.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Quadras de S. Martinho - alunos do 5º 5


No dia de São Martinho

Há castanhas e vinho

E em minha casa

Abre-se sempre o pipinho


No dia onze de Novembro

É dia de São Martinho

Ainda bem que me lembro

De beber um copo de vinho


No dia de São Martinho

Festas iremos fazer

Provar o bom vinho

Para o bico aquecer


Castanhas e nozes

Eu vou trazer

Para no dia de São Martinho

Comer e oferecer


Olha o mendigo

Eu vou ajudar

Se começar a chover

As castanhas não se podem assar


Quando chega o São Martinho

Temos muito para fazer

Mas das castanhas e do vinho

Não nos podemos esquecer .

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Cavaleiro da Dinamarca - Personagens e sua Importância

Classificação das personagens quanto à sua importância:

Personagem principal, protagonista, herói: é a figura central da acção, a que se destaca das restantes figuras da história.

Personagem secundária: personagem menos importante do que o herói, é uma personagem que contribui para o avanço da acção.

Figurante: é uma personagem, em princípio, irrelevante para o avanço da acção. No entanto, pode ser fundamental para a caracterização de uma profissão, uma mentalidade, um espaço social, um determinado ambiente.


História Principal (do Cavaleiro)

  • -Cavaleiro - personagem principal
  • -Mercador de Veneza - personagem secundária
  • -Banqueiro Averardo - personagem secundária
  • -Negociante Flamengo - personagem secundária
  • -Filippo - personagem secundária
  • -Capitão do Navio - personagem secundária
  • -Criados - figurantes
  • -Mulher do Cavaleiro - figurante
  • -Filhos do Cavaleiro - figurantes
  • -Amigos do Cavaleiro - figurantes
  • -Lenhadores - figurantes
  • -Moradores da Povoação - figurantes
  • -Outros Peregrinos - figurantes
  • -Amigos do Banqueiro - figurantes
  • -Frades - figurantes
  • -Capitães dos Navios de Antuérpia - figurantes

História de Vanina (Narrador - Mercador de Veneza)

  • -Vanina - personagem principal
  • -Guidobaldo - personagem principal
  • -Jacob Orso - personagem secundária
  • -Arrigo - figurante
  • -Velho Marinheiro - figurante
  • -Amigos de Guidobaldo - figurantes
  • -Esbirros de Arrigo - figurantes
  • -Aias -figurantes

História de Giotto e Cimabué (Narrador - Filippo)

  • -Giotto - personagem principal
  • -Cimabué - personagem secundária

História de Dante (Narrador - Filippo)

  • -Dante - personagem principal
  • -Beatriz - personagem secundária
  • -Virgílio-personagem secundária
  • -Pessoas que Dante observa por onde passa - figurantes

História de Pêro Dias (Narrador-Capitão dos Navios do Negociante Flamengo)


  • -Pêro Dias - personagem principal
  • -Negro - personagem secundária
  • -Marinheiros - figurantes

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Cavaleiro da Dinamarca

O Cavaleiro da Dinamarca é um livro de Sophia de Mello Breyner Andresen, http://www.ecolenet.nl/tellme/poesia/sophia.htm
editado em Portugal em 1964

A obra conta a história de um homem (cavaleiro) que vivia com a sua família numa floresta da Dinamarca, no Norte da Europa. Numa noite de Natal, durante a ceia,
quando todos estavam reunidos à volta da mesa, a comer e a contar histórias, comunicou-lhes que iria partir em peregrinação à Terra Santa, para orar na gruta onde Jesus de Nazaré tinha nascido e que, portanto, dessa noite a um ano não estaria com eles prometendo que, dessa noite a dois anos, estariam juntos de novo.

Na Primavera seguinte partiu e, levado por bons ventos, chegou muito antes do Natal às costas da Palestina, onde visitou todos os locais sagrados relacionados com a vida de Jesus.

Já de regresso à Dinamarca, uma tempestade violentíssima quase destruiu o barco em que viajava e ele teve que ficar em Itália. Aí conheceu várias cidades -- Ravena, Veneza, Florença, Génova -- onde fez diversos amigos, como o Mercador de Veneza, que lhe contou a belíssima história de amor de Vanina e Guidobaldo. De Giotto e Dante, Pêro Dias... Após inúmeras peripécias , consegue chegar à floresta em que vivia, mas uma tempestade quase lhe provoca a morte. No entanto, anjos acendem pequenas estrelas no abeto que ficava em frente à sua casa, guiando-o até ao calor do seu lar e de sua família...

Quando ele ia pela floresta pensou seguir o rio até sua casa mas não o encontrou... Este foi desviando-se mais para Norte até que lá ao longe viu uma luz que se destacava pela sua grandeza... Esta, era a luz de sua casa. O cavaleiro não sabia disto, mas ainda assim resolveu ir atrás da luz, encontrando a sua casa. É por essa razão que se enfeitam os pinheiros no Natal e essa é a grande história do cavaleiro da Dinamarca.

http://www.youtube.com/watch?v=svqj4fdYmgg&feature=related


Nesta história existem vários encaixes:

História de Vanina e Guidobaldo, narrada pelo mercador de Veneza;

História de Giotto e História de Dante e Beatriz, narrado por Filipo, um trovador amigo do Banqueiro de Averardo de Florença;

História de Pêro Dias, narrada pelo capitão amigo do Flamengo de Génova.

domingo, 23 de outubro de 2011

Texto de Opinião

O texto de opinião é um texto argumentativo, ou seja, é um texto que expressa uma opinião,

apresentando exemplos, provas ou argumentos para a defender.

O texto de opinião integra, geralmente, três partes: a introdução - indicação da ideia

que se vai defender; o desenvolvimento - apresentação das razões/exemplos que justificam

a opinião; a conclusão - síntese das razões apresentadas ou insistência num dos

exemplos referidos.

Para produzir um texto de opinião:

- Indica o assunto que vais abordar e a opinião que vais defender;

- Justifica a tua opinião através de exemplos;

- Termina o texto insistindo no teu ponto de vista e na justificação que consideras mais forte;

- Utiliza linguagem apelativa e expressiva;

- Podes atribuir um título ao texto.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Os Graus dos Adjectivos

Grau normal: exprime simplesmente uma característica sem a aumentar ou diminuir.


A Helena estava feliz.



Grau comparativo: exprime a característica de um ser comparando-o com outro da mesma espécie.


a) igualdade:

O Sandro estava tão feliz como a irmã.


b) superioridade


O Sandro é mais velho do que a Catarina.

c) inferioridade

O Carlos é menos falador do que a Madalena.



Grau superlativo absoluto: a característica de um ser, elevada ao último grau (absoluto) ou

relacionada com a de outros individuos da mesma espécie (relativo).



a) sintético


O Miguel é altíssimo.


b) analítico


A Carla é muito alta.



Grau superlativo relativo:



a) superioridade


A Cristina é a mais curiosa.


b) inferioridade


O Ricardo é o menos corajoso.


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

As Figuras de Estilo da Obra Os Lusíadas

Aliteração - Repetição de um ou mais fonemas consonânticos para intensificar e aumentar a expressividade:
Ex.: "Sois senhor superno" (I, 10).

Anáfora - Repetição (de que resulta sobressair o que se repete) de uma palavra ou de um membro de frase:
Ex.: "Vistes que, com grandíssima ousadia
Vistes aquela insana fantasia
Vistes, e ainda vemos cada dia," (VI, 29).

Anástrofe
- Inversão da ordem das palavras correlatas, antepondo-se o determinante (proposição + substantivo) ao determinado ou ao complemento do verbo.
Ex.: "Qual vermelhas as armas faz de brancas;" (VI, 64).

Antítese - Confronto de dois elementos ou ideias antagónicas, no intuito de reforçar a mensagem:
Ex.: "Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou frio."